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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Marco Pina representa o PSD na Sessão Solene do 35.º Aniversário do 25 de Abril

Como tem sido hábito, a Junta da Pontinha endereçou convites, aos partidos com representação na Assembleia de Freguesia, para intervir na Sessão Solene do Aniversário do 25 de Abril.
Este ano comemorou-se o seu 35.º aniversário, tendo a cerimónia ocorrido no passado dia 24 de Abril.
A representar o PSD esteve Marco Pina, cujo discurso publicamos na íntegra.



"Saúdo todos os presentes e congratulo-me por estarmos mais uma vez na freguesia onde teve início a revolução que nos devolveu a liberdade, comemorando o 35.º aniversário da Revolução dos Cravos.

Em 1974 ainda não tinha nascido. Por isso não tenho memórias do tempo da Revolução. No entanto esse facto não me impede de ter aprendido e reconhecido a dimensão da história.

35 anos volvidos, preocupa-me que na actualidade existam inúmeras pessoas que ainda não percebam o seu significado, deitando à rua todas as oportunidades legadas.

Se há algo que não devemos permitir é que desvalorizem e coloquem em causa o sacrifício, coragem e empenhamento daqueles que, percebendo a situação insustentável de opressão a que estavam sujeitos, deram asas a um movimento libertador e democratizante, potenciando o nosso actual regime político.

É a esse povo, que é o nosso, que devemos todos os agradecimentos, honrando-os agora e sempre, com uma atitude participativa, acutilante e exigente, continuando os ideais pelos quais se bateram.

É comum dizer-se que só damos valor a algo quando já não o possuímos, pois enquanto é um dado adquirido é, por nós, subvalorizado.

Nada mais sábio e acertado.

Quando no passado vivemos oprimidos e sem liberdade de expressão, lutámos para nos libertarmos. Agora que somos livres e iguais, pelo menos à luz da Constituição, desvalorizamos um bem que tanto custou a granjear.

É exactamente da capacidade de intervenção política, materializada no sufrágio universal que estou a falar.

É inadmissível o estado letárgico em que nos encontramos, demitindo-nos muitas vezes das responsabilidades que possuímos enquanto cidadãos de um Estado de Direito Democrático, pontificadas num acto que foi duro de adquirir – a capacidade de podermos votar.

Esta sim, deverá ser actualmente a nossa forma de luta, a forma de darmos respostas, não será necessário irmos tão longe, como em 25 de Abril de 1974, edificando uma revolução.

Se estamos descontentes, se nos sentimos de algum modo lesados, se nos sentimos enganados, só há um caminho a seguir: o da consciencialização, da coragem e do cumprimento do dever de votar, privilegiando aqueles em quem confiamos, aqueles que efectivamente nos falam verdade.

Bem sei que nos têm tentado calar, restringindo-nos a liberdade.

Temos como exemplo:

os Funcionários Públicos que têm medo de falar, receando pela sua situação laboral;

os sindicatos que sofrem indagações da polícia antes de manifestações legais;

os empresários que têm medo de exprimir as suas ideias, receando que o Estado os deixe de apoiar.

Enfim, está efectivamente instalado, na nossa sociedade, um vergonhoso clima de medo.

Podem querer calar-nos, mas de votar ninguém nos poderá impedir.

Encontramo-nos numa época em que é habitual dizer-se que os partidos políticos estão descaracterizados, fruto de uma massa de gente volúvel e oportunista que vai aderindo aos partidos ao sabor das suas conveniências e dos seus interesses pessoais.

Chega-se ao ponto de se afirmar que os dois maiores partidos políticos portugueses, PS e PSD, não apresentam qualquer tipo de diferença ideológica.

Se a primeira ideia é inegável, fruto da crise de valores em que a nossa sociedade está mergulhada,

a segunda não podia ser mais incorrecta.

Há efectivamente diferenças.

Para o PSD todos os homens são iguais;

Para o PS os homens de esquerda são dotados de uma superioridade moral que os coloca necessariamente num patamar acima dos outros.

Para o PSD o primeiro responsável por um determinado acto é quem o pratica;

Para o PS, o responsável é sempre o sistema ou a sociedade.

O PSD preocupa-se com a segurança das pessoas, defende as forças da ordem e coloca-se ao lado das vítimas;

O PS preocupa-se com as garantias de defesa dos arguidos e acha sempre excessiva a intervenção da polícia.

Até no que diz respeito aos símbolos existem manifestas diferenças:

O PSD tem um símbolo com três setas que representam a liberdade, a igualdade e a solidariedade;

Enquanto que o PS tem dois símbolos, o punho fechado e a rosa.

Os dois símbolos do PS ilustram bem a distância que vai entre as suas propostas eleitorais, representadas pelo tempo da rosa, e a sua governação, representada pelo tempo do punho fechado.

Neste momento, pelo que nos dá a entender a agenda dos governantes e candidatos socialistas, estamos manifestamente no tempo da rosa.

Esperamos, no entanto, que até às três futuras eleições que se avizinham, as flores agora distribuídas, não iludam o povo, para que não voltemos a sofrer na pele a governação do punho fechado.

Obrigado."

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